Apresentação


Bem-vindos ao ECO-EDUCA!
Blog que trata da questão ambiental
Num diálogo constante com a prática educativa.

A criação do blog faz parte do Projeto Interdisciplinar
Do Curso de Pedagogia da AVM/UCAM (2012),
Cujo tema gerador é a RIO + 20,
Evento que acontecerá no RJ em Junho.

sábado, 7 de abril de 2012

RIO+20- Mais Conferência


A edição de março de 2012 da Revista Caros Amigos traz uma matéria crítica sobre as expectativas quanto à Rio +20. Segundo a reportagem, “a questão ambiental, apesar de urgente, ainda está permeada de hipocrisia e discursos vagos”. Com base nessa idéia, a revista discute as dificuldades para a viabilização de um discurso verde, que corre o risco de ficar mais uma vez apenas na retórica.
No documento Zero Draft (preparatório para a Conferência) surge o conceito de economia verde que se fundamenta na idéia de que o investimento em tecnologia reduzirá a emissão de gases do efeito estufa. Nesse sentido, os estudiosos do meio ambiente observam que isso gera dependência da iniciativa privada que seria a responsável pela criação de mecanismos que promovam indústrias mais verdes. Além desse problema, outro fator agravante é o fato de que a transição da economia atual para a verde está baseada na atribuição de um preço aos recursos naturais: água, ar, terra, biodiversidade, tudo vai receber um preço!
Uma contribuição interessante da revista está no balanço sobre as iniciativas brasileiras em ações ambientais. Iara Pietricovsky, do Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc) mostra a relação ambígua que o governo brasileiro tem com o tema:
Por um lado, o Brasil acena com o corte de emissões na COP-15 em Copenhagen, faz um discurso emocionante para o mundo e o mundo espera dele protagonismo nessa questão, mas o Brasil interno não tem nada disso. A bancada ruralista no Congresso começou a abrir aquilo que nós, por tantas décadas, conseguimos formatar como princípios e parâmetros legais de preservação”.
Alguns exemplos brasileiros “nada verdes” são: o novo Código Florestal, a Hidrelétrica de Belo Monte no Rio Xingu, a Usina Nuclear de Angra 3, a transposição do Rio São Francisco e a liberação dos transgênicos. Basta dizer que o agronegócio constitui a principal atividade da economia brasileira e emprega muito agrotóxico, contaminando água, solo, trabalhador e os alimentos consumidos.
A reportagem destaca que duas práticas defendidas pelo governo como ‘verdes’ são:
·         Produção de energia a partir de usinas hidrelétricas
·         Biocombustíveis como opção à gasolina
O problema é que por um lado, a produção de etanol se baseia no uso de monocultura, trabalho escravo e contaminação do solo e da água, além de problemas de doenças respiratórias causadas pelo excesso de fuligem. Por outro lado, a construção de grandes hidrelétricas favorece as grandes empreiteiras, impactando enormemente o meio ambiente e social. Em contrapartida, organizações como o Greenpeace defendem a energia solar e eólica como soluções viáveis, inclusive para o Brasil.
Outro aspecto que complica mais ainda o debate Ambiental é o crescimento de produtos que anunciam em suas embalagens que são “verdes”, porém não é bem isso o que acontece. Em alguns casos, investem bem menos do que o fazem em práticas insustentáveis, que vão contra os direitos humanos e os recursos naturais do planeta. Essa prática do falso apelo verde é denominada greenwashing (lavagem verde). Exemplos são: “o emprego de palavras vagas, como natural, para passar uma falsa idéia de sustentabilidade ou estampar embalagens com falsos certificados ambientais”. (p.19)
O grande mérito dessa reportagem é mostrar a hipocrisia dos discursos e propostas que aparentemente prometem apoiar e defender as questões ambientais, mas que na prática advogam ainda a favor de uma concepção de natureza como fonte de exploração e geração de dinheiro. Mostra a posição de estudiosos e ativistas na área ambiental que temem que o Rio de Janeiro seja palco de mais um teatro, onde líderes de Estados e corporações se eximam de suas responsabilidades.
Apesar de tudo, a sociedade está mais ciente de que os recursos naturais não são eternos e algumas experiências mostram que é possível a construção de práticas mais efetivas na preservação do meio ambiente.
Fonte: MENGARDO, Bárbara. Conferência Mundial - Rio +20 e a Hipocrisia Ambiental. Caros Amigos. Ano XV, nº180, 2012. P.16-19.



sexta-feira, 6 de abril de 2012

Experiências Verdes nas Escolas- Green School


Venha percorrer caminhos ecológicos e pedagógicos
Implementados por diferentes escolas,
No Brasil e no Mundo! 
 

GREEN SCHOOL

Apresentamos nesse espaço experiências de educação ambiental em diferentes escolas, nacionais e internacionais. Começamos com a Green School, localizada em Bali, no arquipélago da Indonésia. Uma escola, como o proprio nome diz, verde! Que traz em seu conceito uma interpretação dos fundamentos em pauta nos debates da RIO + 20.

Em  setembro de 2008 Green School abriu suas portas para cerca de 100 alunos, entre nativos e expatriados. Inspirada no documento "Three Springs" sobre educação em vilas comunitárias de autoria de Alan Wagstaff, seus fundadores John e Cynthia Hardy - que moram em Bali há mais de 30 anos - reconheceram a oportunidade única de criar algo verdadeiramente inspirador e fora dos limites estruturais, conceituais e físicos de muitas escolas tradicionais. Na opinião do casal a escola cria um novo paradigma para o conhecimento, cultivando sensibilidades físicas, consciência espiritual e intuição emocional; encorajando as crianças a reconhecerem as possibilidades da vida.



A Escola Verde faz parte de um mundo em que o respeito pelo nosso planeta e seus habitantes vem naturalmente a todos os alunos. A visão é de um ambiente natural de aprendizagem holística que promove os valores de liderança e habilidades para a vida, ao lado de essencias habilidades acadêmicas.

Link do documento "Three Springs":

O currículo da Green School inclui "artes criativas", que são influenciadas pela localização geográfica e pelos ricos elementos culturais/artísticos que envolvem as celebrações típicas da ilha.

Alguns dos conteúdos que fazem parte de seu currículo são:  
·         Batik- tingimento de roupas com o uso de tintas naturais
·         Criação e manipulação de marionetes seguindo as tradições de Bali
·         Cerâmicas
·         Preparação de papel de vegetação natural
·         Movimento e dança
·         Arte culinária
·         Yoga






Os 8 valores que norteiam a prática da Green School são: 
·         Integridade
·         Responsabilidade
·         Empatia
·         Sustentabilidade
·         Paz
·         Igualdade
·         Comunidade
·         Confiança

Algumas de suas ações ambientais:
·       Uma solução sustentável para o plantio utilizada na escola é a "Plantação Bio-Intensiva", a qual requer dos agricultores agir com pensamento e visão futura, reconhecendo que a plantação é parte de um grande ecossistema que deve ser próspero. Manter selvagem parte de sua terra possibilita alimentar a diversidade de plantas, insetos e animais que cercam a plantação. Para maiores informações sobre o "Sistema Bio-Intensivo" ver: http://www.greenschool.org/community/green-farm/the-8-major-principles-of-bio-intensive-gardening/
     
·        O campus inclui hortas, sistemas aquáticos e tecnologias apropriadas.
·        É estimulada a consciência do lixo, do uso da água e a aprendizagem dos alunos  com a comunidade local (agricultura de arroz e cuidado de animais).
·        A construção da escola, seus móveis e utensílios utilizam materias reciclados naturais, como o bambu.

quarta-feira, 4 de abril de 2012

RIO +20



Venha conhecer diversas propostas, experiências e discussões sobre a RIO + 20, evento que mobilizará o RJ em Junho de 2012.






COMITÊ NACIONAL DE ORGANIZAÇÃO
CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
RIO DE JANEIRO, DE 13 A 22 DE JUNHO DE 2012

UM POUCO DE HISTÓRIA...

Em 1972 foi realizada a primeira discussão oficial sobre a temática ambiental a nível mundial em Estocolmo – Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano.

Em 1987, a Conferência do Rio consolidou o conceito de desenvolvimento sustentável.

Em 1992, na Rio 92, foram estabelecidos documentos importantes, como a Agenda 21 tratando do assunto, e dois anos depois foi assinada a Convenção das Nações Unidas sobre Combate à Desertificação.

Em 2002, na Rio +10, realizada na África do Sul, foram analisados os resultados obtidos e traçados novos caminhos com a implementação de compromissos. Foram incluídos nos debates as energias renováveis e o tema da responsabilidade ambiental das empresas.

Anualmente são realizadas Conferências das Partes (COP) e Reuniões das Partes no Protocolo de Quioto (CMP) para debater o aprofundamento das regras e a implementação da Convenção e seu Protocolo.

Este ano, a Rio +20 será uma Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável em suas dimensões econômica, social e ambiental. A Resolução 64/236, de 2009, da Assembléia-Geral das Nações Unidas, estabelece como objetivo da Conferência a renovação do compromisso político internacional com desenvolvimento sustentável, por meio da avaliação das ações implementadas e da discussão de desafios novos e emergentes.
    
Os assuntos tratados serão:
  • Economia verde no contexto do desenvolvimento sustentável e da erradicação da pobreza 
  • Estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável